Novo Ensino Médio: como vai funcionar?
Aprovado por lei em 2017, o Novo Ensino Médio torna-se obrigatório a partir do próximo ano e traz mudanças no currículo e também nas disciplinas obrigatórias e optativas. Entenda as mudanças!
O que é o Novo Ensino Médio?
O novo currículo é organizado por quatro áreas de conhecimento. Dessa divisão, no mínimo, 1.200 horas serão destinadas para os chamados Itinerários Formativos — que se trata do aprofundamento de conteúdo e do acesso a conhecimentos amplos, podendo ser ofertados aos alunos por meio de disciplinas eletivas — e 1.800 horas para as matérias da Base Nacional Curricular Comum (BNCC):
- Matemáticas e suas Tecnologias;
- Linguagens e suas Tecnologias;
- Ciências da Natureza e suas Tecnologias;
- Ciências Humanas e Sociais Aplicadas.
Os estudantes vão começar a cumprir os itinerários formativos, que serão ofertados já em 2022.
E como vai funcionar?
As disciplinas obrigatórias continuarão a existir, formando a maior parte da carga horária do Ensino Médio. No grupo geral, podemos incluir as matérias de História, Língua Portuguesa, Língua Inglesa, Matemática, Física, Química, Geografia, Literatura, Biologia, Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física.
De todas elas, as únicas obrigatórias, durante os três anos, serão Matemática e Língua Portuguesa. As outras entram na formação geral básica, podendo ser abordadas por eixos transversais e interdisciplinares e tendo os currículos definidos pelas próprias escolas.
A diferença é que os componentes curriculares serão bem descritos, pois, antes, não havia como saber com exatidão quais competências ou habilidades um aluno que concluiu essa etapa deveria apresentar. Ou seja, a escola tem liberdade para compor seus currículos, desde que os objetivos de aprendizagem propostos pela BNCC sejam cumpridos.
E quais são os benefícios do novo sistema?
O grande objetivo da mudança é possibilitar que o aluno termine a escola com conhecimentos acadêmicos bem estruturados e também uma formação ampla, facilitando o seu ingresso no mercado de trabalho e sua construção como cidadão.
Outro ponto é conseguir envolver mais os estudantes no processo de aprendizagem, a fim de aumentar a qualidade do ensino brasileiro: os alunos terão menos aulas expositivas e mais projetos, oficinas, cursos e atividades práticas.
A ideia dos Itinerários Formativos é flexibilizar o sistema de ensino, deixando parte da carga horária para os estudantes escolherem as atividades que desejam realizar, como oficinas, núcleos de estudo e criação artística, laboratórios etc.
Uma parte especial dessa nova proposta é considerar que cada aluno tem o seu projeto de vida, favorecendo uma maior aproximação entre o aprendizado escolar e os objetivos profissionais do estudante.
É importante que o conteúdo faça sentido na vida do aluno, ajudando a desenvolver competências que contribuam para a formação pessoal, acadêmica e profissional. Aliás, nessa fase, muitos ainda não têm certeza sobre as suas escolhas futuras, o que torna ainda mais relevante a abertura desse espaço para orientar os jovens e mostrar novas oportunidades.
Ir além do conhecimento tradicional é reconhecer as individualidades e oferecer apoio para que cada um construa o seu próprio caminho, considerando sua realidade e seus desejos. Por isso, é crucial abranger tanto as habilidades técnicas quanto as socioemocionais.
Mas e o que muda na rotina?
Alunos do Elite não precisam se preocupar muito com as mudanças relacionadas ao dia a dia escolar. Isso porque, desde o início de 2021, a nossa rede implementou disciplinas eletivas (Eai) a partir do 6º ano, fomentando, antecipadamente, uma cultura de autonomia e protagonismo entre os estudantes.
O Ecossistema de Aprendizagem Inovador (Eai) mescla os ensinos presencial e on-line, e trabalha competências fundamentais, como pensamento crítico, trabalho em grupo, capacidade de fazer suas próprias escolhas, de resolver problemas, de se comunicar, autoconfiança e adaptação a diferentes cenários.
Em geral, todas as escolas passarão, de maneira progressiva, a ter ensino integral para desenvolver efetivamente os novos projetos.
As disciplinas, além de serem avaliadas de maneira isolada, serão integradas para que os estudantes consigam aplicar os conhecimentos em contextos diferentes.
Outra grande promessa do Inep para as próximas turmas de ensino médio é o Enem Seriado, que deverá ser implementado em 2024. O conteúdo das provas será readaptado à nova matriz de referência curricular, e as provas serão aplicadas nos três anos do ensino básico.
A educação maker também ganhará mais força no dia a dia. A aprendizagem por meio de atividades práticas será incentivada, aliando inovação, criatividade, sustentabilidade e autonomia do aluno.
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Escrito por:
Larissa Florentino