Excesso de telas: impactos na vida das crianças a longo prazo

Com a chegada das férias escolares, os responsáveis precisam reorganizar a rotina e as atividades das crianças, já que elas passarão um tempo maior em casa. Para entreter os pequenos, podemos recorrer a brincadeiras, livros, músicas, atividades ao ar livre, passeios, mas sabemos que, em muitos casos, as telas – sejam de celulares, computadores, tablets ou a própria televisão – chamam mais a atenção.

Essa nova geração está totalmente imersa nas tecnologias, mas precisamos ter atenção com o excesso de telas. Pesquisas mostram que a exposição excessiva pode desenvolver transtornos de saúde mental e problemas no comportamento de crianças e jovens.

Neste momento, você deve estar se perguntando: “Como privar os filhos do uso de aparelhos digitais nos dias de hoje? É preciso ser radical e proibir o uso? Em que momentos? Eu não estarei colaborando para que eles deixem de desenvolver habilidades fundamentais para os dias atuais? É possível chegar a um meio-termo entre a vontade da criança e o que é saudável?”.

São muitas questões, não é mesmo? E com o intuito de orientar as famílias a respeito disso, a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) vem produzindo uma série de materiais, como o Manual de Orientação #MenosTelas #MaisSaúde, com o objetivo de promover a saúde e o bem-estar de crianças e adolescentes em contato constante com tecnologias digitais.

Esse documento mostra que essas mídias acabam preenchendo espaços de ócio, tédio e até abandono afetivo dos responsáveis. Mostra também que o excesso de telas pode afetar o sono, a alimentação, gerar ansiedade, irritabilidade, depressão, além de transtornos de déficit de atenção e hiperatividade. Além de poder resultar em sedentarismo e até problemas de visão, audição e postura.

Logo, é importante criar hábitos mais saudáveis, que incluam o controle do uso desses aparelhos de acordo com a faixa etária do seu filho. Hábitos que privilegiam interações sociais presenciais e atividades físicas, de preferência ao ar livre. Com crianças mais velhas e adolescentes, é possível estabelecer acordos e negociações, mas com os mais novos é necessário a imposição de limites.

Para auxiliar na criação desses hábitos, trouxemos algumas dicas importantes, baseadas no Manual de Orientação da SBP, confira:

Sabemos que tirar as crianças e adolescentes das telas não é fácil, mas os dados deixam cada vez menos dúvidas de que é tarefa essencial para o bom desenvolvimento deles.  

Administrar o tempo deles pode ficar mais simples com algumas atitudes, confira algumas:

  1. Combine qual a quantidade de conteúdos (vídeos, desenhos, partidas de videogame etc.) pode ser consumida antes de a criança ou o adolescente ter que fazer outra atividade;
  2. Após um período em frente às telas, negocie que não haverá outro período se não houverem também atividades que não incluam tecnologia;
  3. Nas janelas de tempo em que eles não estejam com dispositivos com tela, inclua-os na rotina, chamando para cozinhar junto ou ajudar a escolher quais brinquedos podem ser doados.

Essas são apenas algumas sugestões. O artigo “Excesso de tempo em frente às telas: como evitar” conta com outras dicas valiosas de como deixar essa tarefa mais fácil.

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Referências:
SBP atualiza recomendações sobre saúde de crianças e adolescentes na era digital. Via Sociedade Brasileira de Pediatria, 2020. Disponível em: https://www.sbp.com.br/imprensa/detalhe/nid/sbp-atualiza-recomendacoes-sobre-saude-de-criancas-e-adolescentes-na-era-digital. Acesso em: 21, dez. 2022.

VARELLA, Mariana. Crianças, adolescentes e o excesso de tela. Via UOL – Coluna Drauzio Varella, 2021. Disponível em: https://drauziovarella.uol.com.br/coluna-2/criancas-adolescentes-e-o-excesso-de-telas-coluna. Acesso em 21, dez. 2022.

Escrito por:
Louise Delia


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